Lá se vão minhas primaveras que vem embutida com cheiro de jasmim.
Embaladas pela musica do vento que canta o som da batida do meu coração.
Vai-se meus conselhos... Meus sonhos... Meus pensamentos
Tudo é vazio nesse som.
É o eco dos raios que começaram a surgir...
Enegrecendo o céu que outrora era azul
As flores murcham com o toque de sua mão avassaladora
E onde estão as pétalas das minhas flores que reguei ontem em meu jardim?
Onde estão as folhas que juntei no meu quintal?
Os ventos outrora leves agora arrastam o que eu conseguia carregar com minhas mãos
Varrem agora o nada de um tudo que não existe
Caminho no jardim a procura do pássaro
Que achou que na sua volta encontraria tudo como deixou
Ah! Minhas primaveras da juventude cansada como o pássaro agora partiu e nem para trás olhou.
Seguiu o som cansado do velho que foi deixado
Ano a balançar em sua cadeira no portão
Com marcas de um passado feliz em seu rosto
Suas vestes brancas manchada do escarlate mais rubro
Teria jorrado de si mesmo?
Teria nascido aquele pobre velho cansado?
Ou como o relâmpago foi ele definhado pela linha do espaço em uma terceira dimensão?
Ele esperava ser abduzido de alguma forma...
A carga era pesada demais para carregar
Sua voz não tinha forças para ser ouvida
Poderia alguém olhar para ele?
A e a menina que desfila no campo com suas tranças.
Seria ela também escutada por alguém que a possa olhar?
Será ela como a flor mais bela... Do Jardim que colhi na primavera enquanto ainda não se fazia o céu relampejar
Ela tinha algo especial
Seu sorriso poderia ser ouvido embora não emitisse som
Era peculiar
E isso não estava em sua forma de agir, falar ou vesti-se
Os seus olhos escondiam folhas de arvores
Que ressurgiam no meio das cinzas de uma queimada produzida por mãos violentas
Mas quem aguenta tamanha violência.
Devolvem os lábios vermelhos como papoulas.
Que sorriem sem esperar nada em troca.
Ah primavera!
Não esteja dorminhoca!
Desperta para ver o vento passar
Acorde e traga as flores contigo
O cheiro do orvalho ao amanhecer
E grama molhada para a menina caminhar
E ela outra vez poderá sorrir
Sem mais nada ainda sim, sonhar.
By: Minha Rosa mais fofa e eu.