segunda-feira, 18 de julho de 2011

A menina e o velho


  Lá se vão minhas primaveras que vem embutida com cheiro de jasmim.
  Embaladas pela musica do vento que canta o som da batida do meu  coração.
                 Vai-se meus conselhos... Meus sonhos... Meus pensamentos
     Tudo é vazio nesse som.
É o eco dos raios que começaram a surgir...
Enegrecendo o céu que outrora era azul
As flores murcham com o toque de sua mão avassaladora
E onde estão as pétalas das minhas flores que reguei ontem em meu jardim?
Onde estão as folhas que juntei no meu quintal?
Os ventos outrora leves agora arrastam o que eu conseguia carregar com minhas mãos
Varrem agora o nada de um tudo que não existe
Caminho no jardim a procura do pássaro
Que achou que na sua volta encontraria tudo como deixou
Ah! Minhas primaveras da juventude cansada como o pássaro agora partiu e nem para trás olhou.
Seguiu o som cansado do velho que foi deixado
Ano a balançar em sua cadeira no portão
Com marcas de um passado feliz em seu rosto
Suas vestes brancas manchada do escarlate mais rubro
Teria jorrado de si mesmo?
Teria nascido aquele pobre velho cansado?
Ou como o relâmpago foi ele definhado pela linha do espaço em uma terceira dimensão?
Ele esperava ser abduzido de alguma forma...
A carga era pesada demais para carregar
Sua voz não tinha forças para ser ouvida
Poderia alguém olhar para ele?
A e a menina que desfila no campo com suas tranças.
Seria ela também escutada por alguém que a possa olhar?
Será ela como a flor mais bela... Do Jardim que colhi na primavera enquanto ainda não se fazia o céu relampejar
Ela tinha algo especial
Seu sorriso poderia ser ouvido embora não emitisse som
Era peculiar
E isso não estava em sua forma de agir, falar ou vesti-se
Os seus olhos escondiam folhas de arvores
Que ressurgiam no meio das cinzas de uma queimada produzida por mãos violentas
Mas quem aguenta tamanha violência.
Devolvem os lábios vermelhos como papoulas.
Que sorriem sem esperar nada em troca.
Ah primavera!
Não esteja dorminhoca!
Desperta para ver o vento passar
Acorde e traga as flores contigo
O cheiro do orvalho ao amanhecer
 E grama molhada para a menina caminhar
E ela outra vez poderá sorrir
 Sem mais nada ainda sim, sonhar.
 By: Minha Rosa mais fofa e eu.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

L.N

Como fazê-lo entender o que é melhor para ele?
Como fazê-lo escutar a melodia mais bela com notas dançantes?
Como dizer do sentimento mais puro, se o que ele busca é algo obscuro?
Como? Como?
Era a pergunta inaudita, carregada de esperanças mortas
Mortas por sua dureza
Pelo seu abandono
Me diz?
Como te fazer acreditar que seu bem me importa?
Que te quero perto, mesmo que em silêncio.
Por favor, não me deixe ficar longe
Isso atormenta meu coração
Deixando-me a mercê da solidão
Tão fria, tão próxima, tão cruel
Como te provar que ainda é possível sonhar?
Que ao fechar os olhos o mundo de cores se abrirá
Me diz, como? Como?
Em meio a meu desespero, as lágrimas caladas
Pelo grito sufocado na garganta
E dor crescente em meu peito
Que finjo ignorar todos os dias
Ou apenas me acostumei em senti-la
Me de a chance de esquecê-lo
De tirar sua imagem de minha lembrança
Por mais que tente, não consigo achar como.
E mesmo que elas não me deixem..
E que saiba que você nunca estará aqui
Eu sinto o seu ressonar
Eu sinto o seu respirar
Mesmo que nossas palavras se percam
Sobrevivem em mim nossas lembranças
Mesmo que minha dor me desfaleça
Nessa luta incessante por você
Eu não cansei de te querer, mesmo que me faça mal
Mas dói sua ausência
 Que seu silencio
Que seu orgulho
Que sua frieza emocional...
E só pra que saiba
Está inscrito em mim um pouco de você
Pra que mesmo que você desapareça
Em mim algo sobreviverá
Essa busca por seu bem querer

Aquele garoto...















Ele sempre será aquele garoto...
Não serão os anos que o mudará
Seus lábios enganosos, seu jeito intimidador...
Ele sempre será aquele que me feriu
Que tratou meu coração com uma esfera bruta
E como ele existem outros por ai
Luis, Roni, Pedro, Paulo, Antônio...
E ele volta como se não houvesse nada
Minha mente fica lúcida da confusão
Ao choca-se com as feridas tão vivas sobre a pele
Ele sempre será aquele que lembro com pavor
De um passado ainda não esquecido
Que deve continuar na mesma conjugação

Ele sempre será o mal que todos devem evitar
Que as pobres garotas não ousem sonhar
Pode estar na igreja, na rua no bar
Provoca o mesmo efeito onde quer que vá
Ele sempre será um garoto, o garoto que não cresceu
E fez com que garotas crescessem de forma triste
Para que não desejassem mais o garoto que ele sempre será.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

A amizade


Para quem tem flores nas mãos
e para quem tem carinho de irmã.
Amizade nunca termina nos corações
que acreditam ter sido feitos
para conspirar.
Palavras de carinho se resumem em um
prato cheio para quem tem fome de alegria.
Sorriso aberto.
Boas palavras.
Bons conselhos...
Vão dando forma ao que se diz amizade.
Hoje acordei e lembrei-me de você.
Lembrei do bom dia.
Do até logo.
Das coisas que fazem sentindo em
nossas vidas distantes.
Vidas simples, porém, sublimes.
Que resumem o que é passado
e orientam ao presente.
Presente que nos guia ao futuro,
que não nos engana,
mas reafirma com toda a grandeza
do ser amigos.
É seu estado de espírito.
É sua fé constante.
É sua doçura angelical.
É seu humor cativante.
E as palavras?
As que me pede?
Jamais lhe daria tão pouco.
Tantos caminhos ainda traçam nossas vidas.
Tantas voltas farão o futuro.
Descansa.
Lembre-se apenas desses bons momentos
e os guarde em segurança
em um lugar bem espaçoso.
Pois em cada manhã
novos bons dias e até logos
buscaram conduzir
o que temos de melhor em nossas mãos...
A amizade.


Poema feito por Madson Mendes para mim.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

O choro de Deus


Olhei pela janela a precipitação das gotas d´ água
Lembrando uma convicção de quando criança
Que era o próprio Deus quem chorava em forma de chuva
Chorava por uma humanidade
Que deixara esfriar o amor em todas as suas ênfases.
Esquecera dos valores, de quem a criou
E se entregara as paixões desenfreadas.
Para onde caminha a essa geração?
Aonde vai essa juventude?
Onde termina o prazer de um copo de lascívia?
Ou onde amanhece o leito da prostíbula?
     Tudo cumina para a perversão...
      E as pessoas não acham a real satisfação
Conte-me os dias de tua vida
E o quanto deles realmente aproveitou
Lance fora toda impureza
Os grilhões da alma
Traga o coração de criança
Seria tão simples apenas falar
Mas estaria disposto a tentar?
Se Não tem forças
Ele te dará... E por você poderá parar de chorar.

O que você precisa.


E é sempre essa rotina...
Você se entedia, é tudo tão sem graça
É preciso sair, dançar, brigar... Beber até cair.
Ir a todas as festas, se entregar imensamente as paixões,
Sentir novas sensações.
Sim, é preciso!
Pra deixar de lado essa melancolia, dias sem sentido e emoção
Mas quando acaba o dia...

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Apenas mais um


Eu tentei de todas as formas achar algo bom em você,
Algo que fizesse sentido em continuar nossa “amizade,
Por isso, esqueci-me das diversas vezes que me feriu;
Das brincadeiras maldosas;
De tudo que usou contra mim.
Mas não... Não adiantou.
Tenho meus defeitos,
E posso ter lhe machucado algumas vezes,
Mas sem dolo, sem intenção,
E é isso que nos diferencia,
As coisas que você faz, são com único propósito de destrui-me,
Despedaçar meu coração,
Por que me ferir?
O que ganharás com isto?
Por favor, esqueça-me!
Já que não conhece meu valor,
Por incapacidade sua,
Não me meça...
Não me julgue...
Deixe-me

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Tente imaginar...

Tente imaginar o coração de Deus,
Se coloque em seu lugar... Ao menos um minuto
Conseguiria se alegrar,
Quando olha para todos nós,
Quando olha pra você?
O que estamos fazendo,
Em que estamos pensando,
De que forma estamos vivendo?
Não há tempo para brincadeiras e enganos.
De viver conforme o mundo.
Então como se considera diferente
Se entre você e os demais, não há distinção
Ir à igreja aos domingos,
E achar suficiente para ganhar o galardão.
Um viver medíocre que não expressa Cristo.
É preciso ser servo, ser cristão!
Se não for com seus filhos,

Gertrudes

Conhecer você foi tão bom pra mim,
Até então eu desconhecia,
O que algo tão inusitado me traria.
E você me ensinou o que é amizade...
O que é cumplicidade...
Mesmo que saiamos feridos.
Brigar pelo bem do outro...
Mesmo que isso custe à amizade.
A chorar...
Mesmo que algo chamado distância,
Não nos permita enxergar as lágrimas.
Reconhecer sempre quando erramos...
A dizer tudo sobre nos mesmos...
A nos comprometer de maneira absoluta...
A ficar a mercê do tempo...
Da outra pessoa...
Não são palavras bonitas,
Muitos nem entenderão,
Mas eu e você, sim.
Mesmo se ficarmos em silêncio...
Mesmo que nossos olhos estejam distantes...
Ou que os nossos braços nunca se alcancem...
Continuaremos nos amando.

Ela


Ela corria entre as arvores
Deixando seus passos marcados no chão da terra úmida
Precisava se apressar
Antes que a chuva retornasse
E a deixasse novamente presa em seus próprios pensamentos
Precisava fugir de si mesma
De tudo que a machucava
Fugir, fugir... Era preciso fugir
Não entendia porque se afetou tanto
Como esse sentimento a fez ficar prostrada
Entre lagrimas e soluços
Chegava quase à beira do desespero
Havia se despedido de seus sonhos tão bobos de criança
Dos momentos singelos que queria compartilhar...
Eles não aconteceriam...
O cansaço a venceu
Era preciso parar
Ouviu som de passarinhos
Que entoavam uma canção incompreensível
Mas seu coração assimilava
O som lhe dava forças
Ergueu-se
Não se sabe o que ela ouviu daqueles pequeninos animais
Sua face foi coberta por um sorriso enigmático
Uma faísca de esperança
Ela agora entendeu, era preciso ir por outro caminho
Sua razão não a tinha deixado ver
As forças lhe foram renovadas
Corria sem saber aonde ia
E o que importava?
Seu coração sabia
Ele, o seu novo guia